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TEMPO É DINHEIRO?



De quarentena, muitas pessoas tiveram que pausar suas atividades profissionais e por precaução ficar o máximo possível em casa. Os primeiros dias são “mais interessantes”, afinal um tempinho para descansar, para organizar algumas coisas, mas com o passar dos dias pode aparecer um desconforto e preocupações. Nas férias, vamos a lugares diferentes, visitamos uma pessoa querida, conversamos, tomamos um chimarrão, enfim, mas agora é diferente, é para ficar em casa com a família!


E aí para muitos é como se realmente tivessem presos em uma gaiola, afinal é uma situação fora do seu hábito, jamais passamos por situação semelhante e ainda sem data definida para estabilizar. Pode começar uma irritação por não ter o que fazer ou um estresse por não ter como prever o que vai acontecer (como se tivéssemos em algum momento, mas preocupa mesmo, fazer o que?)! Passam muitas coisas na cabeça! Insegurança em relação ao trabalho! E as aulas dos filhos como serão recuperadas? Não sabemos as respostas.


Mas você também já parou para pensar por outro ângulo? Antes o tempo era corrido, não dava tempo de preparar uma comida, não dava tempo para brincar com os filhos, não dava tempo de ler um bom livro... responsabilidades e mais responsabilidades, afinal precisamos trabalhar para sustentar a casa e a família, mas e agora? Agora temos que seguir as orientações dos órgãos de saúde, buscando o isolamento social e para muitos significa não trabalhar; não tem outra solução mais eficaz no momento.


Na vida tudo tem dois lados e temos sempre a chance de escolher: buscar um lado positivo ou “alimentar” o lado negativo. Não vamos entrar em crise econômica e outras possíveis consequências desta paralisação e vamos focar no lado bom.


Ouvi certa vez em uma palestra a frase: tempo não é dinheiro! Causou-me espanto num primeiro momento, afinal sempre ouvimos que tempo é dinheiro! Vou explicar melhor: você não vende seu tempo, trabalhando mais, mas valorizando seu tempo! E se fizermos exatamente isso agora? Valorizar o nosso tempo tão precioso, afinal dinheiro recuperamos, como se diz: tendo saúde, o resto se corre atrás!


Falando em saúde, que tal usarmos este tempo para pensarmos na nossa saúde, dar o primeiro passo para melhorar nossa alimentação, regular nosso horário de sono, fazer algum exercício (muitas pessoas adquiriram uma esteira ou outro aparelho de ginástica e devido a correria virou cabide ou está atirado num canto da casa, pois poderia agora colocar ele e seu corpo na ativa, não precisa fazer nada muito intenso, mas qualquer meia hora já ajuda pra começar)!


Estou procurando ler sobre a importância da alimentação e gostaria de comentar um pouquinho sobre o “segundo cérebro”! Você dever ter se questionado que história é essa? Pois bem, os cientistas denominam o intestino como o “segundo cérebro”! E você pensando que era um longo tubo por onde a comida passa, nutrientes são absorvidos e o que não é aproveitado vira fezes. Mas vai muito além... O intestino tem neurônios, aloja uma variedade de bactérias, produz 90% da serotonina, sendo citada como um dos hormônios da felicidade, responsável pelo humor, pela vontade de viver, regulação do sono, apetite, etc, então dá pra perceber a importância de manter hábitos que são essenciais para a produção deste neurotransmissor), mas o fato é que este é só um dos mais de trinta que são produzidos no intestino.


Temos cerca de 300 espécies de bactérias vivendo no sistema digestivo e elas moram lá, pois precisam de energia, assim como nós e, neste caso, a energia vem da comida que ingerimos. A saúde do cérebro está diretamente relacionada com o que ocorre com as bactérias do intestino. Os alimentos que consumimos podem afetar nosso humor (lembrem da serotonina citada anteriormente), nossa capacidade de concentração, a produção de neurotransmissores e nossa saúde de forma geral.


Muitas doenças estão relacionadas com hábitos alimentares pobre em nutrientes, rotinas estressantes, sedentarismo e má qualidade de sono! E tudo isso que comentei sobre o intestino é uma parte muito pequena para alertar a importância de hábitos saudáveis no dia a dia. Então agora temos uma oportunidade de parar e refletir sobre que podemos fazer por nós, para os filhos... Será que esta parada no mundo não é para que busquemos o interior, para que possamos olhar o que estamos fazendo conosco e quão valioso é ter tempo para cuidar da gente? E aí cuidar da gente, é cuidar da nossa saúde, ter qualidade de vida e vou trazer um dado, cada um tire suas próprias conclusões. A expectativa de vida do brasileiro, segundo o IBGE em 2018, é de 76,3 anos, sendo que em 1940 era 45,5 anos. Ganhamos mais tempo, mas em quais condições estamos vivendo mais?


Grisele Guterres Aguiar. Graduada em biomedicina pela Universidade Luterana do Brasil- Campus Cachoeira do Sul e formada em Pós-Gradução Lato Sensu em acupuntura pela ABA- Porto Alegre/ RS.





 

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