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SOFT SKILLS AUTOCONHECIMENTO

Quem é você? Eita pergunta difícil!!! Perdi a conta de quantas vezes, atuando em processos seletivos, eu quis avaliar o nível de autoconhecimento dos participantes. “Nos fale um pouco de você, em três minutos”. A maioria apresenta-se pelo nome, idade, profissão, formação, local de nascimento (sou gaúcho, sou carioca). De fato, esses são aspectos importantes na reelaboração diária do eu, mas não nos definem integralmente. Sempre esperei uma resposta mais profunda, como um “sou mais racional do que emocional”. Nunca a tive.



Um dos problemas do autoconhecimento é a pergunta mal elaborada. Em vez do “quem é você?”, seria melhor indagar “como você é?”. A personalidade se forma nos primeiros anos de vida. Naturalmente, experiências muito impactantes na adolescência ou na adultidade provocam alterações no nosso modo de ser, mas a base forma-se muito cedo. A personalidade resulta da história pessoal e da interpretação que se faz de cada uma das experiências acumuladas, e interfere em como você reage em situações de conflito, de felicidade, quais são suas preferências, seus medos, seus superpoderes, o que você faz com facilidade.

Quanto tempo você dedica a si mesmo? Há coerência entre seus pensamentos, seus sentimentos, sua energia e seu comportamento? Você é autêntico? Avalia-se rotineiramente e aprende com suas experiências ou você é desses que está invisível a si mesmo? Está conectado com o que importa para você?

É isso ou seu autoconhecimento é débil, lacônico, revela submissão ao contexto da vida, aos desejos de outrem? Se você anda distraído, não assume o leme do barco que representa sua existência e se entrega ao “deixa a vida me levar”, você renuncia à autoliderança e pode atravessar o rio da sua vida à deriva, ao acaso. E ele não vai te proteger, como promete a música. Lá na frente você vai fazer a contabilidade e a conta não vai fechar. Talvez você esteja então trabalhando com algo de que não gosta, liderado por alguém que não te inspira, vivendo ao lado de alguém que não ama...Vai ser preciso voltar para “procurar as diferenças” e seguir por outro caminho. Isso se você tiver coragem.

Estas reflexões são para aqueles que andam meio afastados de si, provavelmente engolidos pelo processo de robotização que esvazia a vida de sentido e rouba a motivação.

Também não vale adquirir uma “síndrome de Gabriela”, acreditar que “nasci assim, vou ser sempre assim”. Estamos aqui para evoluir uns com os outros. Porém, você escolhe se vai entregar o controle das suas condições a alguém que não é você, correndo o risco de se tornar vítima das circunstâncias, ou se vai fazer suas escolhas com autonomia. Quanto mais cedo você aprende a buscar autoconhecimento, mais você se desenvolve e avança em direção ao que você quer, mantendo-se alinhado ao seu propósito existencial. Aliás, qual é seu propósito?

Autoconhecimento é 90% prática e só 10% teoria. Por isso, deixo um exercício que costumo aplicar aos meus mentorados para que avaliem como vêm levando a vida e quais mudanças podem implementar de imediato para ter mais qualidade de vida. São quatro complementações de sentenças que podem ser melhor preenchidas na solitude. Eu chamo de “jogo dos pontinhos”:

1-Eu passo tempo demais me preocupando com .........................2- Não passo tempo suficiente..................

3- Eu teria feito diferente............................................4- A partir de agora eu vou...........................................

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