Quase meados de dezembro. De novo! Já parou para pensar em que ponto você estava há um ano? Como vivia? O que fazia? Com quem compartilhava a vida?
O mais importante é verificar as mudanças. Os progressos. Os passos adiante, em direção aos sonhos. As mudanças realizadas para se aproximar da vida desejada. As responsabilidades assumidas pelas ações necessárias para isso.
Se você é adulto, você pode tudo que quiser. Ainda não tentou? Nesse caso, talvez você precisa identificar por que não o fez. Onde ancorou seus desejos, no sentido de ficar preso à âncora, no fundo do mar. Quer emergir? Solte as amarras.
Às vezes as amarras não são tão fortes como pensamos, e nos comportamos de modo irracional, como um cavalo preso a um toco por uma fina cordinha. Ele anda ali, em volta do toco, ignorando a própria força. Aprendeu assim, vive assim. Mentiram para ele que não poderia sair dali, e ele acreditou. Nem foi por maldade do dono. Foi pensando na segurança dele. Vai que se aventurasse a sair pela rua sacudindo as crinas inadvertidamente, curtindo o ventinho que uma boa corrida proporciona nesses dias quentes - e o sabor da liberdade? Melhor ficar preso, é mais seguro e ali até que não é tão ruim!!!
E você, como pretende aumentar o raio do círculo da sua vida ano que vem? Lembre-se que você não tem dono. É você mesmo quem precisa cuidar da sua sobrevivência e da sua segurança. Vai ficar ali, na rédea curta, só mantendo o ritmo da marcha? Vai morrer sem sentir a sensação do ventinho no rosto, provocado por um trote mais veloz?
Mas não quero falar de morte. Nem dos grilhões que carregamos a vida inteira, aos quais já nos acostumamos. Quero falar de vida, de novas experiências, de alargamento de fronteiras mentais, de novos modelos de pensamentos, de novos encontros, de aprendizados e ensinados. Afinal, não é porque a partir de Encruzilhada não conseguimos enxergar além do Cerro Partido que o mundo acaba ali. Ampliar os horizontes é da natureza humana.
Tudo isso para lembrar aos leitores do jornal que já é hora de juntar os dados para o balanço de fim de ano. Depois do balanço, segue-se o planejamento pessoal para 2023. O que você já não precisa manter em 2023? O que você pode melhorar? Como você pode fazer mais dinheiro, ter mais conforto para si e para aqueles que ama? Como você pode ter mais saúde? Como você pode amar mais e melhor? Como pode fazer mais do que lhe faz feliz?
Há muitas ferramentas na área do desenvolvimento humano para fazer planos e não ser pego desprevenido pelo ano novo. Você pode aprender um pouco sobre neurolinguística, um pouco sobre bioenergética, um pouco sobre você mesmo. Pode fazer uma mentoria. Mas em todo caso vai precisar de uma boa dose de autoenfrentamento para afastar os autossabotadores. Para escapar das rédeas curtas e ter um ano genuinamente bom, de um bom que vem de dentro, um bom que você define e escolhe.
Sonhe alto. Avance. Mas antes, analise, compreenda, planeje, decida e aja! Nessa ordem. Agora, pegue papel e caneta, e comece já. Ano que vem, quando eu perguntar de novo onde você estava hoje, vai perceber que deixou poeira na trilha, que passou os dias com mais leveza, sendo quem você é, experimentando mais alegrias e conquistas, alinhado à sua programação existencial.
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