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EXTREMOS ALIMENTARES

Embora muitos adolescentes atravessem uma fase em que fazem restrições alimentares exageradas, só alguns desenvolvem distúrbios alimentares graves, como a anorexia e a bulimia nervosa.


Os anoréxicos sofrem de distúrbios psicológicos e de comportamento. Relutam em se alimentar corretamente, pois acreditam estar com excesso de peso, não importa quão magros ou doentes se tornem.


Causas da anorexia nervosa: embora muitas possiblidades tenham sido levantadas para explicar o problema, as causas dessa doença altamente complexa ainda estão sendo debatidas. Alguns médicos acreditam que esses padrões de comportamento se devem ao fato de o adolescente não querer tornar-se um adulto sexualmente maduro. Talvez as pessoas que sofram de anorexia considerem a rigidez alimentar como a única maneira de exercer controle sobre a própria vida e sobre o que veem como um futuro incerto e ameaçador. Talvez exista um sério problema psicológico, como depressão, esquizofrenia, neurose ou mesmo o simples medo de engordar. Outros especialistas sugerem que uma das causas clinicas para a anorexia nervosa seja que o hipotálamo (glândula que controla funções como a fome e a sede) não esteja funcionado bem.


Tratamento da anorexia nervosa: a anorexia nervosa grave é melhor tratada em um hospital. A menos que seja exercida rigorosa vigilância, o indivíduo evitará comer ou vomitará o alimento. Os tratamentos podem variar, mas em geral incluem um programa de alimentação cuidadosamente controlado, em conjunto com terapia individual e familiar, para ajudar a resolver conflitos pessoais e familiares. Poderá ser prescrito algum tipo de medicação. Uma vez adquirido o peso desejado, em geral o doente tem permissão de ir para casa. A família será aconselhada sobre como monitorar o progresso e como identificar os sinais de uma possível recaída.


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Perspectivas futuras: é um erro pensar que o doente está curado quando readquire o peso normal. Cerca de metade dos pacientes tratados de anorexia nervosa precisam receber aconselhamento constante por longo tempo. De 5 a 10 % dos anoréxicos morrem em consequência da doença. Essas mortes podem ser consideradas como um tipo de suicídio. Alguns anoréxicos passam fome até morrer. As complicações, que podem ser fatais, incluem infecções, desidratação, avitaminoses severas e insuficiência cardíaca, todas provocadas pela desnutrição grave.


Quando procurar ajuda médica? O tratamento especializado deve ser acompanhado por equipe multiprofissional e começar assim que possível, pois à medida que a doença evolui, fica mais difícil de tratar. Se seu filho estiver sempre fazendo dietas violentas e apresentar algum dos sinais que indicam distúrbios alimentares, consulte um médico sem demora. A anorexia nervosa não se trata aconselhando ou forçando o paciente a comer melhor. O anoréxico descobrirá métodos cada vez mais engenhosos de fingir que está comendo.


Quais os sinais de alerta? Pode ser difícil distinguir entre um regime comum e o início de um distúrbio alimentar. Podem desencadear perda progressiva de peso, mas o anoréxico pode tentar disfarçar, usando roupas folgadas. Existem, entretanto, muitos outros sinais de alerta. Os problemas físicos podem incluir cansaço excessivo, dificuldade para dormir, prisão de ventre, pele seca e unhas quebradiças, crescimento de fina penugem na face, pescoço, antebraços e pernas; no sexo feminino, pode ocorrer a cessação dos períodos menstruais. Os sinais incluem preocupação exagerada com comida, obsessão por exercícios e hiperatividade, comportamento reservado e defensivo. Fonte: Vida Saudável, Dr. Stephen Carroll.

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