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ESCRITOR ENCRUZILHADENSE PARTICIPA DE ANTOLOGIA

O escritor encruzilhadense Antonio Francisco de Oliveira Bica está fazendo parte da Antologia "Autores Luso Brasileiros 2020" com a participação de três poesias.


Antologia foi editada pela Edições Caravela do Instituto Cultural Português de Porto Alegre que tem como editor Antônio Soares e conta com 54 escritores do Brasil e Portugual. A obra ainda não foi lançada devido a pandemia, mas já se encontra a venda na Editora Caravelas e principais livrarias de Porto Alegre, em Encruzilhada do Sul se encontra disponível com o escritor Antonio Bica.


Antonio Francisco de Oliveira Bica, mais conhecido como Antonio Bica, nasceu no interior de Encruzilhada do Sul, filho de Gemerson Teixeira Bica e Maria de Oliveira Bica; morou em Santa Cruz do Sul, Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha e Encruzilhada do Sul. É um poeta letrista, pesquisador e radialista, foi colunista dos jornais Zona Norte de Porto Alegre, Correio Popular de Encruzilhada do Sul e RS Letras Caravela de Porto Alegre.


Bica é membro do Instituto Cultural Português Porto Alegre; Estância da Poesia Crioula, União Brasileira de Trovadores e Academia Gaúcha dos Poetas de Cordel de Porto Alegre; Associação de Trovadores Luiz Muller de Sapucaia do Sul; é fundador do Grupo de Cavaleiros Reculutando a Cultura de Encruzilhada do Sul. Na Semana Farrouopilha de 2020, Antonio Bica recebeu o troféu "Peleadro da Serra do Sudeste" no CTG Rodeio de Encruzilhada, projeto esse do poeta e escritor Alessandro Carvalho Severyn; participou de várias Antologias Poéticas, autografou em três Feiras do Livro de Porto Alegre; é autor de 4 livros: "Nos Pagos da Encruzilhada; Assim era o Amaranto Pererira; Veredas Poéticas e João Cândido o herói Negro de Encruzilhada do Sul.


O escritor foi vários anos produtor e apresentador do Programa Galpão da Encruzilhada e Chama do Pago na TVLusobrasileira de Porto Alegre; foi locutor e apresentador na antiga rádio Globo no programa Rodeio de Tradições.


Confira as poesias que fazem parte da Antologia:


QUARENTENA

Não vivo mais fancho...

Não saio do rancho

Não é que um morcego

Me tirou o sossego

Me botou pra os pelegos.

Estou com a quarentona...

Longe do vírus corona.


Covid dezenove

Essa cousa se move...,

E veio lá da China

Essa peste teatina!

levando tudo por frente

E matando muita gente!

Não quero morrer agora

Só quando chegar a hora...

Não vou campear a morte

Enem confiar na sorte.


Perdi os arreios, o xergão

Que braba é a situação...

Não sou mais sinuelo

E quase em pelo

Só na carona

Vírus corona

Embora não queira

Não é brincadeira.


Sesssenta e cinco no lombo

Pode ser fatal o tombo!

E dessa cousa não zombo

A gente inventa

Um pano nas venta

E queira ou não queira

Todos de focinheira

Isolamento total

Para combater o mal


Publicidade

Estou confinado

Igual ao gado

Para o consumo:

Só mateio e fumo

Ao redor da casa,

Atiço as brasas

E mesmo arisco

Não corro o risco

Não saio de casa


Me afastou até da chiba

Essa doença malina

O que a gente indaga,

É a vacina da praga

O remédio do morcego

É que me trará sossego

Para os braços da china.


GRITO DE SOCORRO

Peleio em retirada

Adeus Encruzilhada

Minha terra natal;

Hoje na capital

Na miséria da cidade...

Vou vivendo de saudade.


Venho da agricultura

Sou do tempo da fartura;

Longe do povo, da nobreza

Vida boa lá de fora

Leite tirado na hora

Carne gorda, fartura na mesa.


Batata, mandioca, feijão,

Abóbora, canjiquinha,

Ovos, bastante galinha

Arroz socado no pilão

Da lavoura tudo vinha

Não se comprava

A terra dava!


Perco a calma,

Me dói na alma!

Poluiram as águas, as vertentes.

Os arrois, mataram as nascentes!

Poluição, esgoto, veneno

O grande engole o pequeno

O povo respira veneno,

Com a destruição, Morro!

É meu grito de socorro.


Tapera beirando as estradas

E fazendas abandonadas.

É mato pra todo lado

Não tem mais plantação

Não enxergo mais o gado

Rebanho de ovelha, cavalhada

Nem parece aquela Encruzilhada

Destruíram meu chão!


DISFARCE

Aquele

Que nos mete

Uma arma

Nos assalta

Leva o carro

O celular

A carteira

Esse se sabe

Quem é


Mas aquele

Que rouba

A nação

Calmamente...

E se diz

Inocente

Aplaudido

Pelo povo

Esse é mais

Bandido

Do que o própio

Bandido

Que assalta

À mão armada.


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