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CUIDADO DO PACIENTE COMO UM TODO

Tudo conduziu a encruzilhadense Fernanda Bauer Grohs de Avila a optar pela Medicina. A trajetória do pai, médico que sempre foi apaixonado pelo povo, pelo atendimento no posto de saúde,pela proximidade com seus pacientes, influenciou diretamente a filha, que se formou em 2003 na Universidade Católica de Pelotas. A primeira escolha da médica foi pela especialidade de Patologia, mas ao concluir, sentiu mesmo a falta de estar próxima dos pacientes, examiná-los, ouvi-los. Talvez pela facilidade que sempre teve em se comunicar e se relacionar, mais uma herança do pai, Fernanda optou por seguir na clínica geral. “A medicina acabou muito segmentada por especialidades. E ver o paciente como um todo sempre foi natural para mim”, reflete.


Fernanda, que atua também como médica do trabalho e perita judicial, especialista em Patologia e Clínica Geral, foi atraída a Santa Cruz para uma demanda profissional, há três anos, quando acabou se apaixonando pelo município e o adotou. Ela e o marido encontraram o lugar ideal para criar os filhos, Marcelle, hoje com quatro anos, e Frederico, com três anos. Em consultório próprio, no centro de Santa Cruz, ou como plantonista e internista no Hospital Vera Cruz, assim como plantonista no ambulatório do Hospital Santa Cruz, Fernanda se dedica dia após dia a cuidar da saúde das famílias, do neto ao avô, em uma relação de proximidade e confiança, típica de quem acompanha ao longo da vida.


Fernanda busca conhecer a fundo o histórico de cada um de seus pacientes - inclusive com atendimento domiciliar, para melhor ajudá-los. “Quanto mais informação o paciente me der, melhor vou poder ajudá-lo. Entendendo suas queixas, hábitos, rotinas, estrutura familiar, tudo contribui”, assinala a médica. E quando a necessidade vai além do seu ofício, orienta para dar continuidade ao tratamento com especialista na área.


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Saúde e bem-estar

A porta de entrada para o atendimento da clínica geral costuma ser doenças com sintomas agudos, que necessitam de pronto atendimento e resolução rápida. Mas, também, acredita que as pessoas têm entendido a necessidade de olhar para a saúde como um todo, realizar exames de rotina, e quando não sabem por onde começar, por onde procurar, enxergam no clínico geral a primeira acolhida para esta orientação. “Saúde não é ausência de doença, é bem-estar e qualidade de vida. A doença não vai deixar de existir porque o paciente prefere não saber. Além disso, quanto mais precocemente for identificado um agravo à saúde, maiores serão as chances de bons resultados”, atesta Fernanda.


Hora de voltar

A pandemia causada pela Covid-19 fez com que a realização dos exames de rotina e a busca por tratamentos fossem postergados. “Temos visto muitos pacientes retornando às consultas com demanda por ajuste de medicações ou mesmo precisando reiniciar tratamentos. Em alguns casos também houve agravamento de doenças crônicas, deixadas de lado neste período em que houve maior necessidade de isolamento”, acrescenta a médica clínica geral.


Por mais serenidade

Se puder descrever uma orientação, quase um conselho para as pessoas, especialmente depois de tantas perdas, seria: priorizem-se, fazendo coisas que deem prazer, alegria, que favoreçam a saúde mental e emocional. “Acho que a pandemia trouxe a sensação de finitude. Nunca, nestes anos todos de Medicina, imaginei vivenciar isso, nunca mais serei a mesma pessoa. É difícil encontrar alguém que não perdeu algum conhecido nesta pandemia, pois foram muitos mortos em pouco tempo. Por isso, que se aproveite mais a vida com as pessoas que se gosta. Que se use o tempo com mais qualidade e busque viver isso com um olhar mais sereno”, ressaltou a médica, ao prescrever uma vida mais leve e tranquila para a saúde do corpo e da alma.


Fonte: Jornal Arauto

Foto: Carolina Almeida


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