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A TERRA DA GENTE

Por Professor João Batista Fontoura Cardoso ( Tita)


Quando se ama a terra de onde brotamos, cada coxilha, várzea, cerro, canhada tem um sentido especial quando em silêncio terno os contemplamos. Sabemos que das entranhas dessa terra, nasceram, nascem e nascerão as levas de mulheres e homens que com sua presença e ação, deram, dão e darão o sentido a esse chão. Gerações passam, gerações vem e a terra continua ali, acolhendo todas elas em seu seio. No momento em que essa terra se faz território, ela passa a definir identidade, povo, língua, costumes, onde o coletivo define o individual e a terra se faz comunidade.


Amar a terra é buscar o bem comum, onde todos e todas se sintam contemplados naquilo que é essencial para terem uma vida digna. E o essencial é simples: ( moradia, trabalho, acesso ao conhecimento, liberdade, responsabilidade, igualdade de oportunidade e principalmente empatia). Quando a terra propicia isso, a comunidade é feliz.


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Nesses 172 anos de emancipação de Encruzilhada do Sul, que suas coxilhas onduladas e íngremes, seu clima agradável e rigoroso, suas águas puras e rápidas, sejam símbolos de um povo que saiba equilibrar a turbulência da luta por dias melhores, com a calmaria das consciências pelo dever cumprido. Que o chão que nos une como comunidade, nos inspire a sermos mais gentis e acolhedores, solidários e parceiros, construtores e inovadores. Mas também que nos inspire a sermos rebeldes e audaciosos, críticos e indignados, conscientes e comprometidos com a história do nosso chão.


Ser terrunho, é perceber que tua aldeia é o Universo e o Universo é a tua aldeia, que teu quintal é a floresta e que a floresta é o teu quintal. Sendo locais e universais poderemos fazer dessa terra um território de paz, prosperidade e acolhida.


Viva Encruzilhada do Sul e seu povo.

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