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A SAGA DO BATOM -1

Chegamos ao mês em que muito se pensa e se fala sobre a mulher, o feminino. Muito já se falou e já se pensou, eu sei. Mas é preciso falar e pensar muito mais.


Que lugar é esse que ocupamos na sociedade? Nos ambientes profissionais? Na família? Nas festividades? Em que aspectos esse lugar se diferencia do masculino? Como fazer essa diferenciação de modo construtivo e pacífico?


Muitas vezes nos percebemos agindo como agem os homens, no que diz respeito à força física ou a outras formas de agressividade, à competição, à interpretação dos acontecimentos, aos julgamentos que fazemos de tudo e de todos o tempo todo. Não nos culpemos por isso. O mundo é machista. A sociedade é conceitualmente patriarcal. Até o nosso idioma supervaloriza o masculino.



O machismo é estrutural. E cada vez mais sutil. Ele tem um lado sórdido, cruel mesmo. Esse lado patológico é o que é mantido, alimentado, preservado pelas próprias mulheres. O histórico é longo, as causas são pregressas. Filhas meninas que tinham que ajudar nos serviços domésticos enquanto os irmãos meninos podiam jogar bola. Filhas meninas cujas roupas, horários, hábitos e atitudes eram controlados pelos pais, enquanto os filhos meninos podiam fazer escolhas livremente. Como a preservação desse modelo acontece? Pela repetição desses padrões de pensamento e ação, dentro das famílias, na educação dos filhos. Porque agimos sem pensar. Falo de pensar profundamente, refletir, analisar cada situação, fazer escolhas lúcidas. Repetimos o que nos é dado pela sociedade.


A pergunta indispensável aqui é para cada mulher, individualmente: você veio ao mundo para repetir e fortalecer modelos sociais que subvalorizam a mulher? Se não, você honra todas as nossas antecessoras que precisaram fazer as queimas de sutiãs em praça pública, que brigaram – e muitas morreram – para que hoje nós possamos estudar, trabalhar, votar, dirigir automóveis, ônibus, caminhões e até as nossas vidas!!! Se sim, você pode aprender coisas novas!!!


Sentiu-se provocada? Quer conversar mais sobre esse assunto, de modo tranquilo e divertido, enquanto comemoramos o mês da mulher? Você vai poder fazer isso e ainda encontrar as amigas para algumas risadas no evento “Eu dona de mim – edição Encruzilhada”, no próximo dia 25. Reserve a data!


Elena Bandeira, psicóloga, mentora de carreira, empreendedora na Aprendência.

Insta elena_bande e Aprendência.


 


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